Sunday, May 06, 2007

Dia da Mãe

É um daqueles dias…gratos e ingratos. É um dia excelente para as mães. Um dia bom para os filhos. Um dia péssimo para quem não tem mãe…nem filhos. Tenho de ser franca, acima de tudo é um dia comercial, como o dia do pai, dos namorados, etc. Até o Natal, para mim, é demasiado comercial.
Depois da minha conversa acerca de famílias e de mães, assumo o meu cepticismo na totalidade. Há mães de se trazer por casa. Mesmo aquelas que aparecem nas revistas me parecem mães um bocado abimbalhadas. Quem lhes disse a elas que os filhos um dia vão gostar de aparecer em revistas do género? Não se pode ser diferente? Outras mães, como a Britney Spears são um autêntico desperdício… a mulher mente ao mundo a dizer que é virgem, pede desculpa pela mentira, depois tem filhos, anda com eles no banco na frente sem cinto, enche-se de comida de plástico, rapa o cabelo, bebe que nem uma esponja…ó amigos! A mulher nem devia ter vagina, quanto mais ser mãe. Ao menos a Paris Hilton não lhe deu para isso (ainda!). Até a Cicciolina (que este ano nos faz nova visitinha na feira porno) tem um filho. Coitado…Aquele horror de mulher, que depois de tantos anos não arranjou ainda um consultor de imagem que lhe diga que maquilhar-se como uma palhaça não é necessário para uma «actriz» porno, visto que a atenção das pessoas se centra noutros locais do corpo dela. Dantes circulava uma anedota muito engraçada sobre ela. O que é que o joelho esquerdo da Cicciolina diz ao direito quando ela morre e a metem no caixão? «Olá, afinal estavas aí…». Fechar as pernas seria, aliás, uma bênção para muitas mulheres e até para a humanidade.
Vá, venham com a conversinha parva de que todos somos iguais, temos os mesmos direitos, estamos no mundo com um propósito qualquer, etc. Eu não vou concordar. Raios que há mulheres que não deviam mesmo ser mães, e que…há outras que deviam mesmo ser, por uma questão simples: merecimento de carácter. Sabem o que é? É quando uma mulher «nasceu» para isso mas a natureza não lhe deu oportunidade, tempo, dinheiro, homem de jeito…e é uma pena. Depois vemos por aí mães arrependidas de serem mães e ainda uma outra versão dos acontecimentos: mães vocacionadas para falharem, que são aquelas que projectam nos filhos os seus desejos sem terem em conta o essencial: filhos são pessoas, não objectos, não sacos para transportar sonhos, frustrações e lixo emocional dos pais. Devemos sonhar duas coisas para os filhos: saúde e busca pessoal de felicidade. Mais que isso é exagero e transtorno. Preferem um filho médico que seja uma pessoa ruim, ou um filho talhante com bom coração?
Este é o tipo de mãe sem auto-estima. Depois há o contrário: a mãe narcisista. A mãe que tem filhos para lhe afagarem o ego e que os mima com o único intuito de os mostrar ao mundo «perfeitos», tipo focas amestradas. São as mães da aparência. Compram e vestem as coisas mais caras aos miúdos, que nunca se podem sujar nem dizer ou fazer asneiras. Estes filhos apresentam elevadas taxas de suicídio. Ou isso, ou se tornam mesmo focas amestradas, produtos fabricados por pais fúteis e sem valores de fundo.
Por toda esta negatividade que vos apresento, eu sei uma coisa: é difícil ser mãe. Mas mesmo mesmo difícil é ser boa mãe. É, como diz a Júlia Pinheiro, ensinar um filho a não precisar da mãe, todavia é amá-lo incondicionalmente, defendê-lo, mas saber também qual é o espaço dele. No fundo, a mãe é a figura que melhor tem de harmonizar dois opostos: um, ensinar que o mundo é um lugar perigoso no qual a mãe estará presente, muitas vezes, só nos bastidores, dois, que é obrigatório viver nesse mundo com valores, mesmo quando à nossa volta ninguém os tem. Talvez a minha mãe tenha sido mesmo mesmo boa mãe.

1 Comments:

At 4:55 AM, Blogger Brisa said...

Ter e educar uma criança é uma chatice, porque no momento do parto não nos é dado um livro de instruções. Então, há que tomar atenção, observar, ler e ouvir as pessoas de bom senso (que não precisam necessariamente de já ter filhos!). Sobretudo, o filho faz com que nos encaremos a nós próprias de frente e com resultados muito mais eficazes. Ora, se já o outro apregoava o "conhece-te a ti mesmo", então ter um filho é fazer das dificuldades pequenos nadas que se apagam com um sorriso ou um abraço! Amiga, vale a pena, sim, o esforço! Feliz dia para ti também!!

 

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