Wednesday, May 16, 2007

A Bela e o Mestre – o fim e a vitória

Eu disse que anunciaria aqui no blogue as belas e os mestres que ganhassem e aqui vai: em terceiro lugar o Gil e a Sandra, em segundo Jaime e Vera e em primeiro a Marina e o Lipari. Com o tempo, aprendi-lhes o nome de cor, graças ao facto de ficar acordada até mais tarde aos Domingos. Ontem ali fiquei, a ver quem seria o vencedor. Tendo em conta os objectivos do programa, é capaz de ter sido uma vitória justa. A tal Marina, que ninguém sabe mas é miss Portugal, levou a água ao seu moinho, mostrou ser esperta e saber jogar e rematou com um apontamento emotivo delicioso, quando lhe perguntaram o que faria com o dinheiro, prontificou-se a dá-lo ao pai, uma vez que este «precisava mais do que ela». Muito bem! O público gosta e fica sempre bem dizer que não vai viajar para as Caraíbas mas sim ajudar o pai, a avó, o filho deficiente ou o irmão moribundo. São histórias destas que levam o público ao rubro. Os outros concorrentes seguiram-na, mas sem sucesso. À excepção dos rapazes, que me pareceram honestos, as mulheres soaram a falso, excepto Sandra, que disse «o dinheiro é para começar a minha vida». Egoísta, mas sincera.
De resto, nada de novo, excepto aquela prova em que a bela tem de reconhecer o seu mestre de uma forma peculiar: pisoteando os rapazes todos vendada. Em primeiro lugar, achei muito perigoso para eles, porque há partes do corpo mais expostas, e passo a citar: pénis e testículos, que foram quase pisoteados sem necessidade nenhuma. Uma delas identificou o seu par porque este «tinha borbulhas no peito», o que o apresentador considerou nojento e ofensivo mas que, tendo em conta o jogo que era, até me pareceu boa estratégia ir lá pelas borbulhas.
As provas de música e dança também não foram o forte do pessoal. Quando Jaime e Vera cantaram o apresentador saiu-se com esta «Duas palavras para vos definir: que medo!». E realmente todos eles metiam medo ao susto. As perguntas não saíram do tom do costume, oscilaram entre cultura geral e verniz de unhas.
Finalmente, a apresentadora, toda de vermelho, pediu ao júri uma apreciação final do programa, da sua participação e dos seus favoritos. Desta vez a Bobone pareceu-me a mais sábia, porque não fugiu à questão, como a Marisa Cruz, e respondeu achar que Marina e Lipari deveriam vencer, mas que o público não os escolheria, reiterando que tinha direito à sua opinião. Mas pelos vistos acertou em cheio. Depois da célebre frase «os sem-abrigo deviam assumir a sua condição» ou «os pobres assaltam e os ricos são assaltados», a Bobone não deixa saudades… De resto, o argentino e o Zink não deram uma para a caixa, sendo que o tal Carlos continua a falar um dialecto imperceptível ao comum dos mortais portugueses. O Zink também deveria perceber que a crise dos 40 é, supostamente, passageira, quer dizer, deixa sequelas, como a menopausa, mas não há necessidade de gritar aos quatro cantos que se está naquele estado. E ele continua a gritar e a fazer piroetas. Mais uma diferença entre homens e mulheres: olha se nos lembrássemos de berrar «fiquei sem menstruação, mas continuo uma mulher!».
Gostei quando ele disse que o programa mais não era do que «terapia ocupacional», termo normalmente utilizado para pessoas a recuperar de doenças mentais ou para velhos internados em lares da 3ª idade.
Por outro lado, achei que a apresentadora, a tal Iva Domingues que era Iva Pamela, foi discreta, saiu-se bem, se bem que ao longo das galas explicasse as coisas quinhentas vezes, despediu-se com a descrição com que entrou. Só o Zé Pedro estava mesmo desejoso da final, até lhe escapou um célebre «Bom caminho para as vossas casas!». E a Marina e o Lipari lá foram ajudar os pais e salvar as baleias com cem mil euros…Parabéns?

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